domingo, 25 de maio de 2008

Plano Nacional de Saúde Mental

Tomada de posição da SPESM

A SPESM – Sociedade Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental, congratula-se com a publicação do Plano Nacional de Saúde Mental, com um alcance até 2016.

Trata-se de um plano que de forma explícita recomenda uma maior focalização da assistência em saúde mental em profissionais “não médicos”, na qual salienta a necessidade de participação de um maior número de enfermeiros, facto que consideramos muito positivo.

Neste plano existe a intenção, pelo menos no papel, de investir na promoção da saúde mental e deslocalizar os cuidados do Hospital para a Comunidade, o que no entendimento da SPESM, também é muito positivo.

Contudo, alertamos todos os actores, em especial, os decisores que não chega colocar as orientações no papel, para que elas se concretizem.
Neste sentido, queremos deixar claro o nosso pensamento sobre o plano, sobre as premissas que estiveram na sua génese e sobre as estratégias a adoptar para a sua implementação.
Este plano, nasce de um Relatório da Comissão Nacional para a Reestruturação dos Serviços de Saúde Mental em Portugal, que é omisso, no que se reporta ao trabalho dos enfermeiros. Não discrimina o trabalho dos enfermeiros, nem o trabalho dos enfermeiros especialistas em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiatria, o que nos parece estranho, atendendo a que se trata de um relatório para a reestruturação dos serviços de Saúde Mental.
Em Portugal existem cerca de 1000 enfermeiros especialistas em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiatria, com intervenções diferenciadas dos enfermeiros não especialistas, em função das competências específicas que possuem nesta área e, obviamente, com responsabilidades acrescidas, pelo que lamentamos, o relatório não mencionar estes factos.
É importante alertar os decisores que é necessário fazer um gestão adequada deste recurso (enfermeiros especialistas em Enfermagem de Saúde mental).
Estes devem ser colocados ao serviço das pessoas, na promoção da Saúde Mental, na prevenção, tratamento, reabilitação e reinserção da pessoa com doença mental. Não faz sentido investir nestes profissionais e depois colocá-los a exercer funções, que em alguns casos, não estão relacionadas com a Saúde Mental das pessoas.
Este desiderato só poderá ser atingido se conhecermos a realidade concreta relativamente a estes actores, ou seja, onde estão e o que fazem.

É necessário dotar as equipas de Saúde Mental na comunidade com enfermeiros especialistas nesta área, uma vez que são os únicos, com competências especificas nesta área.

É necessário efectuar a devida articulação entre o Plano de Saúde Mental e os agrupamentos dos Centros de Saúde, mais concretamente no que se reporta às equipas de cuidados na Comunidade.

Salientamos que os problemas das pessoas em termos de Saúde Mental não se circunscrevem à doença. Este tem sido o erro dos planos de saúde ao longo de décadas. É claro que as doenças (esquizofrenia, depressão, demência, suicídio, etc.) são problemas graves e que necessitam de respostas adequadas. Mas, as pessoas com problemática mental também necessitam de cuidados de Enfermagem e de cuidados de Enfermagem especializados, quer na comunidade, quer no internamento. Era muito importante o relatório descrever quais os diagnósticos de Enfermagem nos diferentes contextos em que os enfermeiros intervêm de forma autónoma ou interdependente.

Não se percebe essa omissão, no relatório da comissão de reestruturação dos serviços de Saúde Mental, quando há hospitais psiquiátricos (Hospital Magalhães Lemos) que até já dispõe desses dados em suporte electrónico, pelo que é muito fácil saber quais são os diagnósticos de enfermagem, ou seja, quais as necessidades das pessoas em cuidados de Enfermagem, no internamento, que intervenções os enfermeiros implementam e com que resultados.

Esta tomada de posição alerta para que um diagnóstico correcto, pressupõe uma “radiografia” ao todo e não apenas a uma parte. Daí a necessidade de uma maior atenção aos enfermeiros que concorrem de forma decisiva para a melhoria da saúde mental das pessoas. Os fármacos não serão suficientes se o enfermeiro não estabelecer uma relação terapêutica com a pessoa, não intervir adequadamente; na agitação, nas alterações do pensamento, na motivação para a adesão à terapêutica, na monitorização da terapêutica, não contribuir para a adopção de estilos de vida saudáveis, etc.

Se estas respostas não forem satisfatórias será necessário um maior investimento na medicalização, com custos mais elevados em termos económicos e sociais.

Por exemplo:
Ao nível dos cuidadores informais os enfermeiros, podem e devem, desempenhar um papel mais pro-activo ao nível da informação, formação, preparação para o desempenho do papel e no alívio da sobrecarga.
Os Enfermeiros têm investido nesta área e até produzido investigação em Universidades Portuguesas de reconhecido mérito (omitida no relatório) que deve ser aproveitada e implementada. É necessário cuidar dos cuidadores, para que estes possam cuidar em segurança e no domicílio dos seus familiares.

Em síntese, devem-se efectuar esforços para articular os diferentes saberes, incluindo os enfermeiros da prática clínica, da prática docente e da gestão, em parceria com outros profissionais, de forma não corporativa, a trabalhar em “prol” da Saúde Mental das pessoas.

Só assim, será possível que a reforma da Saúde Mental se concretize na prática.

A SPESM estará sempre empenhada e disponível, para em conjunto, contribuir para melhorar as respostas promotoras de Saúde Mental.

Legislação de Saúde Mental

SAÚDE MENTAL


· 1963 - Lei da Saúde Mental (Lei n.º 2118 de 3/4) - estabelece os princípios gerais da política e regulamenta o tratamento e internamento; estabelece ainda os princípios orientadores para a descentralização dos serviços através da criação de centros de saúde mental de orientação comunitária (D-L n.º 46102/64 de 28/12).
· 1992 (D-L n.º 127/92 de 3/7 e Port. n.º 750/92 de 1/ - determina a extinção dos centros de saúde mental e tranfere as suas atribuições para hospitais gerais, centrais e distritais. Esta decisão gerou muitas contradições e integrou os cuidados de saúde mental no sistema geral de cuidados de saúde a nível exclusivamente hospitalar…
· 1995 (Desp. Min. 23/ - é Criada a Comissão Nacional de Saúde Mental para propôr um modelo organizacional para o sector.
· 1996 (Desp. n.º 7/96 de 23/ - cria o grupo de trabalho para a revisão da lei de saúde Mental.
· 1997 (D-L n.º 122 de 20/5)- é criada a Direcção de Serviços de Psiquiatria e Saúde Mental.

· 1998 (Lei n.º 36/98 de 24/7) - Lei de Saúde Mental. A lei estabelece os princípios gerais da política de saúde mental e regula o internamento compulsivo. Enuncia (no art. 3º) como princípios gerais a promoção de cuidados na comunidade, num “meio menos restrito possível”, com internamentos em hospitais gerais, assegurando a reabilitação psicossocial através de “estruturas residenciais, centros de dia e unidades de treino e reinserção profissional, inseridos na comunidade”, devendo a prestação de cuidados proposta ser assegurada por equipas multidisciplinares.
· 1998 (Desp. Conj. n.º 407/98 de 18/6) propõem a intervenção articulada do apoio social e dos cuidados de saúde continuados, definindo objectivos para uma área de intervenção em situações de dependência, entre as quais as situações de doença mental, com o desenho de equipamentos específicos para esta população. Mais tarde é convertido em Plamo Nacional de Cuidados Continuados Integrados” (13/12/2001), sendo criada a Rede de Cuidados Continuados em saúde em 2003 (D-L n.º 281) e, em 2006, a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (D-L n.º 101 de 6/6).

· 1998 (Portaria nº348-A/98) – Define o regime a que obedece o reconhecimento e a concessão de apoios técnicos e financeiros às empresas de inserção, enquanto medida política activa de emprego, como tentativa de combater a pobreza e a exclusão social que constituem um impedimento à participação plena da cidadania e a partilha de condições de vida dignas.

· 1999 (Decreto-Lei n.º 35/99 de 5 de Fevereiro) estabelece a organização da prestação de cuidados de psiquiatria e saúde mental. Regulamenta o Conselho Nacional de Saúde Mental e as atribuições dos Hospitais Psiquiátricos.

· 2001 - Relatório Mundial da Saúde (OMS) - Saúde mental: nova concepção, nova esperança.
· 2001 (3º censo psiquiátrico - cf. http://www.dgs.pt/).

· 2001 - Rede de Referenciação de Psiquiatria e Saúde Mental - “os cuidados de saúde mental integrados no SNS são prestados a partir de 41 estabelecimentos (5 hospitais psiquiátricos, 24 departamentos de psiquiatria e saúde mental, 5 serviços de psiquiatria, 1 centro de recuperação psiquiátrica, 3 departamentos de pedopsiquiatria e 3 de centros regionais de alcoologia), distribuídos pelas 5 regiões de saúde (12 no Norte, 12 no Centro, 12 em Lisboa e Vale do Tejo, 3 no Alentejo e 3 no Algarve)”.

· 2001 (Despacho nº364/2001) - Veio consagrar o reconhecimento do stress pós-traumático como causa da diminuição da capacidade geral de ganho, integrando esta patologia no regime de Protecção aos Deficientes das Forças Armadas (DL 43/76 de 21/1), criando uma rede nacional de apoio aos militares e ex-militares portugueses portadores de perturbação psicológica crónica, bem como estabelecendo a organização de prestações de cuidados de saúde no sistema de Saúde Militar.
· 2005 (Desp. Conj. n.º 980 de 21/11) - cria a comissão para acompanhamento da execução regime de internamento compulsivo.
·
· Plano Nacional de Saúde Mental 2007-2016. Objectivos: assegurar o acesso equitativo a cuidados de qualidade a todas as pessoas com problemas de saúde mental, incluindo as que pertencem a grupos especialmente vulneráveis; proteger os direitos humanos das pessoas com problemas de saúde mental; reduzir o impacto das perturbações mentais; descentralizar os serviços de saúde mental, permitindo a prestação de cuidados mais próximos das pessoas e facilitando a participação das comunidades, dos utentes e das famílias; integrar os cuidados de saúde mental no sistema geral de saúde, tanto a nível dos cuidados primários, como dos hospitais gerais e dos cuidados continuados, de modo a facilitar o acesso e a diminuir a institucionalização.
·
· Rede Saúde Mental OMS

sábado, 24 de maio de 2008

CIPE

Concepção e documentação de cuidados - CIPE

Actualmente existe uma congregação de esforços, nomeadamente do Conselho Internacional dos Enfermeiros para o desenvolvimento de uma linguagem comum e uma classificação da prática de Enfermagem. Está em curso um projecto da União Europeia para desenvolver a CIPE, estando a ser testados os fenómenos de Enfermagem e as intervenções de Enfermagem, aos quais se vão seguir os resultados sensíveis aos cuidados de Enfermagem (Telenurse, 1996).

A Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem permite-nos tomar decisões sobre os dados mínimos a registar, o que facilita a utilização dos sistemas de informação e as interpretações que ajudam a desenvolver as Ciências de Enfermagem, que por sua vez tem por finalidade compreender e melhorar as práticas de Enfermagem.

Os fenómenos de Enfermagem que influenciam o estado de saúde e nos quais os enfermeiros centram a sua atenção são: o ser humano e o ambiente. O ser humano pode constituir-se como alvo dos cuidados de Enfermagem individualmente ou em grupo. Se for individualmente pode ser sub-dividido em funções (fisiológicas e psicológicas) e em pessoa (razão para a acção e acção). O grupo integra a família e a comunidade, (CIPE, 2002).

O ambiente é alvo dos cuidados de Enfermagem como natureza (ambiente físico e ambiente biológico) e como ambiente artificial (CIPE, 2002).

Prinicpais diagnósticos e Intervenções de enfermagem de Saúde Mental e Psiquiatria no contexto do Internamento em:

Sequeira, C. (2006). Introdução à Prática Clínica. Coimbra: Quarteto Editora

SAPE

SISTEMA DE APOIO À PRÁTICA DE ENFERMAGEM
(SAPE)


O Sistema de Apoio à Prática de Enfermagem (SAPE) é um módulo do programa informático SINUS (Sistema de Informação nas Unidades de Saúde), desenvolvido pelo IGIF, cujo objectivo é a informatização dos registos de enfermagem.

PERFIS DE ACESSO AO SAPE

Tendo em consideração que o acesso à aplicação informática SAPE é efectuado por diversos profissionais de saúde, foram desenvolvidos vários perfis de acesso, tendo cada um deles diferentes funcionalidades de utilização da aplicação. O acesso à aplicação pode ser configurada de acordo com as permissões para a gestão da base de dados, nomeadamente para parametrização / utilização da mesma. Para já existem 4 perfis de acesso:

1. Gestor do sistema (gestão total da base de dados)
2. Enfermeiro Chefe (parametrização/utilização da base de dados)
3. Enfermeiro de referência (parametrização/utilização da base de dados)
4. Enfermeiro (utilização da base de dados)

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Trabalho de Investigação em Curso


Saúde Mental do Aluno (Sequeira, 2008)
(mais informações sobre o estudo: carlossequeira@clix.pt)

Introdução
Na sociedade actual a maioria das pessoas vive um período de stresse quotidiano, devido em grande parte, ao estilo de vida adoptado, no qual a competição é o principal denominador. Esta comunalidade, constitui uma realidade nos estudantes do ensino superior que, são alvos de inúmeras pressões, desde a separação física dos pais, à exigência do ensino, à adaptação a uma nova etapa (amigos, meio físico, …), à necessidade de corresponder às expectativas depositadas sobre eles, etc.
Estes factores pode ser percepcionados de forma positiva (bem-estar psicológico), ou de forma negativa (distress psicológico), quando não se verifica uma adequada adaptação.
O ingresso no ensino superior associa-se a um processo de transição que necessita de ser bem nutrido, com conteúdos e apoios, de modo a contribuir para sucesso e a evitar a insatisfação/morbilidade. O período lectivo está recheado de fontes de stresse (frequências, avaliações, ensinos clínicos, competitividade, as notas para ingressos no mundo de trabalho, etc.) que exigem dos alunos a robustez necessária para transformar o possível distress em eutress.
A capacidade para gerir as variáveis positivas em termos de saúde mental são determinantes para proporcionar uma transição equilibrada na tríade secundário – superior - trabalho.
Em termos positivos entende-se a saúde mental como um estado de funcionamento óptimo do ser humano, no qual a promoção das qualidades da pessoa a optimizar o seu potencial é fundamental (Lluch, 2001; 2003).
Os docentes verbalizam com frequência que os alunos revelam elevados consumos de substâncias adictivas (psicofármacos, álcool, drogas, etc.), que por vezes manifestam níveis de ansiedade excessiva, que se encontram deprimidos, entre outros aspectos.
Na maioria das vezes, estas situações só são identificadas em situações extremas, ou seja, em situações de morbilidade em que, o recurso a apoio psicológico/psiquiátrico é determinante.
Material e métodos
Trata-se de um estudo exploratório e correlacional de forma longitudinal, durante um período mínimo de quatro anos (2008/2011).
Pretende-se com este trabalho avaliar a capacidade do aluno em termos de gestão das variáveis positivas que integram a saúde mental, monitorizar o consumo de substâncias e efectuar o diagnóstico da morbilidade psiquiátrica.
A população em estudo será constituída pelos alunos que ingressem no curso de licenciatura em Enfermagem a partir do ano lectivo 2007/2008, na Escola superior de Enfermagem do Porto.

Instrumentos a utilizar:
Questionário de saúde mental positiva de Lluch (2003)
Trata-se de um questionário com 39 questões que contém uma série de afirmações sobre a forma de pensar, sentir e agir de cada um, agrupadas em seis dimensões (satisfação pessoal, atitude positiva, auto-controlo, autonomia, capacidade de realização de problemas e habilidades de realização interpessoal), que oferece aos inquiridos quatro possibilidades de resposta (sempre ou quase sempre; com bastante frequência, algumas vezes, quase nunca ou nunca.
European School Survey on Alcohol and other Drugs (ESPAD/2007) - Direcção Geral de Saúde, Dra. Fernanda Feijão - Coordenador do ESPAD Portugal.
Deste questionário serão apenas utilizados os itens:
Substâncias psicoactivas Lícitas (álcool e tabaco);
Produtos farmacêuticos (sedativos, tranquilizantes, hipnóticos,...);
Substâncias psicoactivas ilícitas (Haxixe, erva, ecstasy, anfetaminas, ...).
Em cada item será avaliado o consumo, a frequência, o contexto e a motivação.
Inventário de Saúde Mental (ISM) de Ribeiro (1999)
O ISM é um questionário de auto-resposta, que inclui 38 itens, com cinco a seis possibilidades de resposta.
Os 38 itens distribuem-se por cinco escalas (ansiedade, depressão, perda de controlo emocional, afecto positivo e laços emocionais), que por sua vez, se agrupam em duas grandes dimensões: o Distress psicológico e o Bem-estar psicológico

Protocolo de colheita de dados
Inicio de 2008 – primeira avaliação. Nesta avaliação serão identificados os alunos que apresentam risco de mobilidade psiquiátrica, consumo de substâncias psicoactivas e/ou morbilidade psiquiátrica. Será elaborado um plano de intervenção individual para cada aluno com a sua concordância. Este plano será avaliado semestralmente.
Maio de 2008 – segunda avaliação;
Maio de 2009 – terceira avaliação;
Maio de 2010 – quarta avaliação;
Maio de 2011 – quita avaliação.
Em cada avaliação será efectuado um processo idêntico ao descrito na primeira avaliação.
Serão respeitados todos os princípios éticos inerentes a um trabalho de investigação, no qual, a participação será voluntária e cada participante pode desistir a qualquer momento, sem que daí advenha qualquer prejuízo para o mesmo.
Já se obteve a devida autorização para a aplicação dos instrumentos (autorização dos autores e da instituição onde se concretiza o trabalho).

Análise de dados
Os dados recolhidos serão editados pelo investigador numa base especificamente criada para o efeito no programa SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) versão 13.0 do Windows.
A edição dos dados pessoais, que identifique os alunos, será efectuada separadamente da base geral dos mesmos, para garantir a sua confidencialidade.
O conjunto das informações recolhidas será inicialmente analisado de acordo com a metodologia descritiva usual, após a sua informatização.
Após a avaliação das características de distribuição amostral, as variáveis quantitativas contínuas serão descritas através de medidas de tendência central (médias) e dispersão (desvio padrão), se normalmente distribuídas, e recorrendo à mediana, âmbito de variação e quartis, nas que apresentem outro tipo de distribuição, nomeadamente após tentativa de transformação. As variáveis quantitativas serão comparadas pela prova t de Student, análise de variância (ANOVA) e coeficiente de correlação de Pearson ou equivalentes não paramétricos.
Para analisar a associação entre variáveis nominais, as distribuições de frequências serão estudadas recorrendo ao teste Qui-Quadrado (c2), com correcção de Yates, quando o valor esperado em algumas células for inferior a 20 e quando esse valor for inferior a cinco utiliza-se a técnica exacta de Fischer.
No estudo de validação dos instrumentos, a consistência interna é avaliada através do alfa de Cronbach e a determinação do número de factores é efectuada com o recurso à análise dos componentes principais com rotação ortogonal segundo o método Varimáx.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Associação Americana de Psiquiatria. (1996). Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais (4ª Edição). Lisboa: Climepsi Editores.
Faria, M. C. S. (1999). Comunicação e bem-estar no limiar do século XXI, conhecer através da relação e orientar para a saúde. Tese de Doutoramento, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, Coimbra.
Fernandez-Rios, L., Buela-Casal, G. (1997). El concepto de salud / enfermedad. In G. Buela-Casal, L. Fernández-Ríos, T. Carrasco (Eds.). Psicología Preventiva. Avances recientes en técnicas y programas de prevención, Madrid: Pirámide.
Ferros, L. (2003) – Jovens, drogas e famílias – uma breve revisão da literatura. Revista toxicodependências, Instituto da Droga e Toxicodependência, vol. 9 (2), 71-83.
Gloria, N. M., Teresa, L. C., Dolores, M. L. (1991). Enfermería psico-social II. Barcelona: salvat Editores, S. A.
Johnson, M., Bulechek, G., McCloskey, J., Mass, M., e Moorhead, S. (2005). Diagnósticos, resultados e intervenções de enfermagem – Ligação entre NANDA, NOC e NIC. S. Paulo: Editora Artemed.
Lluch, M. T. (2002). Evaluación empírica de un modelo conceptual de salud mental positiva. Salud Mental, 25, 42-55.
Lluch, M. T. (2003). Construcción y análisis psicométrico de un cuestionario para evaluar la salud mental positiva. Psicología Conductal, vol. 11 (1), 61-78.
OMS (1998). Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento da CID-10 – critérios diagnósticos para pesquisa. Porto Alegre: Artes Médicas.
OMS (1998a). Salud 21: una introducción al marco político de salud para todos de la Región Europea de la OMS. Madrid: Ministerio de Sanidad y Consumo
OMS (1999). Glossaire de la promotion de la santé. Geneva: OMS.
OMS (2001). Relatório sobre a saúde no mundo – saúde mental: nova concepção, nova esperança. Geneva: OMS.
Ribeiro, J. L. P. (1999). Escala de Satisfação com o Suporte Social. Análise Psicológica. Vol. 17. (3), 547-558.
Ribeiro, J. L. P. (2001). Mental Health Inventory: Um Estudo de Adaptação. Psicologia: Saúde & Doenças, vol. 2 (2),77-99.
SAMPAIO,D. - A Cinza do Tempo. Lisboa: Editorial Caminho. 1997.
SAMPAIO,D. - Inventem-se Novos Pais. Lisboa: Caminho. 1994.
Schuckit, M. A. (1998). Abuso de álcool e drogas. Lisboa: Climepsi Editores.
Sequeira, C. (2001). Prevalência dos comportamentos de risco e a ocorrência/gravidade do politraumatizado. Tese de mestrado, Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Porto.
Sequeira, C. (2006). Introdução à prática clínica. Coimbra: Quarteto Editora.
Sequeira, C. (2007). Cuidar de idosos dependentes. Coimbra: Quarteto Editora.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Congresso de Saúde Mental

I Congresso da SPESM
A Saúde Mental e o Equilíbrio Social



28 a 31 de Outubro de 2008

Auditório Municipal Gondomar
Comunicações/posters até 30 de Setembro e-mail: congresso.spesm@gmail.com
Regulamento em: http://www.spesm.org/ e http://spesm-saudemental.blogspot.com/


Programa 29 de Outubro de 2008

09.30 Recepção aos participantes
09.45 Apresentação do programa à comunicação social

10.00 Sessão de abertura
Presidente da SPESM – Carlos Sequeira
Bastonária da Ordem dos Enfermeiros – Maria Augusta Sousa
Presidente da Secção regional do Norte da OE – Germano Couto
Director de Enfermagem do Hospital Magalhães Lemos – João Teles
Presidente da câmara de Gondomar – Major Valentim Loureiro

10.30 Saúde mental e o equilíbrio social
Moderadora: Mário Ávila - ISJD
Promoção da Saúde Mental: Uma ponte para o equilíbrio
António Leuschner – HML - Porto
Do Internamento à comunidade (Desinstitucionalização): Quais os riscos?
Ana Sara Brito – Vereadora CM Lisboa
Situações críticas na Família – A importância e repercussões no suporte familiar
Paulo Seixas – Univ. Fernando Pessoa - Porto

12.00 Promoción de la salud mental: cuidarse para cuidar mejor
Moderador: José António Pinho – SPESM
Comentador: Graça Pimenta – ESSE Porto
Prelector Teresa Lluch – Univ. Barcelona

13.00 Intervalo para almoço

14.30 Plano Nacional de Saúde Mental 2007 - 2016
Moderador: António Nabais - Presidente da Comissão da Especialidade da OE
Estratégias de implementação do Plano: impacto nos hospitais psiquiátricos, casas de saúde, centros de saúde, etc.
(Caldas de Almeida - a confirmar)
Balanced Scorecard na Administração Pública: Aplicação ao "Programa integrado para Doentes Mentais Graves”
Amélia Esteves – HST- Viseu
Articulação entre o Plano de saúde mental e (ACS) - Unidades de cuidados na comunidade
Glória Butt – CS Vagos
Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados - Saúde Mental
Inês Guerreiro – UMCCI

16.00 Comunicações livres: Moderadoras: Posters: Painel de Avaliação:
Noémia Rodrigues – CHP Lisboa
Mário Teixeira – Hospital de Setúbal
Joaquim Passos – HSMM Barcelos

Sandra Liliana – HML - Porto

20.00 Jantar (Actuação das tunas)

Programa 30 de Outubro de 2008

09.30 Concepção de cuidados em Enfermagem de Saúde Mental: estado da Arte
Moderador: António Carlos – ESS Beja
A realidade em Espanha – Diagnósticos de Enfermagem (NANDA), NIC e NOC.
Mercedes Apalategui – Univ. Barcelona
A realidade em Portugal no Contexto da saúde Mental – que desafios para o futuro.
Carlos Sequeira - SPESM
11.00 Intervalo para café

11.30 Saúde mental na comunidade – utopia ou realidade?
Moderador: Paulo Passos – CS Braga
Saúde Mental na Comunidade: contributos da enfermagem para a gestão dos sinais e sintomas
Isabel Carvalho – HMLemos - Porto
Projecto de saúde mental nas escolas
Lurdes Silva - CS Famalicão
Da sobrecarga à eficácia de um programa de intervenção (informoterapia) em cuidadores informais de idosos com demência
Ana Silva – CS Santarém

13.00 Almoço

14.30 Violência e saúde mental
Moderador: José Aguiar – HML - Porto
Estratégias de intervenção: Na comunidade: Bullying; mobbing,
Salvador Araújo – ESEIG - Porto
Projecto Internacional: E- psychiatric – Nurse : Avaliação e Gestão da violência em saúde mental – prevenção de comportamentos agressivos
Luís Rocha – CHP - Lisboa
Stress pós-traumático: vitimas de violência, de Cartjaking,…
Rui Mota Cardoso – FM U. Porto
Estratégias de prevenção da violência Laboral
Luís Sá – ESVA – CESPU - Gandra

16.00 Comunicações livres Posters
Moderadores: Painel de Avaliação:
Carlos Vieira – CSS José - Lisboa

Arlete Lourenço – HD Faro
Isilda Ribeiro – ESE Porto

Sandra Moreira – HPH - Matosinhos

18.00 Espaço Leitura: debate livre sobre saúde mental

20.00 Jantar de Encerramento

Programa 31 de Outubro de 2008

09.30 Repercussões da doença Mental: Instrumentos de avaliação e estratégias de intervenção
Moderador: Regina Sousa – UC Porto
Instrumentos de avaliação das repercussões dos filhos e cônjuges de doentes “psicóticos”
José Carlos Carvalho – SPESM
Como ajudar as famílias a lidar com as problemáticas de dependência
Etelvina Luz – CRI-LO, Unidade de Tratamento de Sintra
Consulta de Enfermagem em Saúde Mental: Quando, como (procedimento) e onde?
Margarida SottoMayor – HML - Porto
11.00 Intervalo para café

11.30 Conferência de Encerramento do congresso

Intervenções Psicoterapêuticas: Implementação e resultados de eficácia no internamento e na comunidade
Jacques Chalifour - (a confirmar)

13. 00 Sessão de Encerramento do Congresso da SPESM

Entrega dos prémios: comunicações livres e posters.
Luís Silva – HML - Porto
Apresentação das conclusões à comunicação social

Cursos Pré Congresso - 28 de Outubro de 2008

09-13 Horas
Intervenção por Relaxamento/hipnose
Coordenadores: Filipe Moreira/Rui Pinto (CRIC – Unidade de Cedofeita)

Intervenção Breve na cessação tabágica
Coordenadores: Jorge Pereira – HML - Porto / Manuela Lima – CS Foz - Porto

14-18 Horas
Intervenção no Luto
Coordenador: Liliana Ferreira (CRA - Norte)

Sistemas de Informação: CIPE/SAPE
Coordenadores: Lucília Vale – CSBJ - Braga / Delmina Afonso – HML - Porto


Presidente do Congresso:
Carlos Sequeira

Comissão de Honra:
Presidente da Câmara Municipal de Gondomar
Bastonário da Ordem dos Enfermeiros
Director do Hospital Magalhães Lemos
Presidente do Conselho Directivo da Escola superior de Enfermagem do Porto

Comissão Cientifica
Carlos Sequeira (ESE - Porto)
Luís Octávio de Sá (ESVA - Famalicão)
Glória Toletti (ESE- Lisboa)
José Carlos Carvalho (ESE - Porto)
José António Pinho (HCP - Porto)
Luís Silva (HML - Porto)
Delmina Afonso (HML - Porto)


Comissão Organizadora:

Apoios
António Carlos (HST- Viseu)
Maria do Carmo (HST- Viseu)
José Mário (HML- Porto)


Organização:
Sociedade Portuguesa de Enfermagem de Saúde mental
http://www.spesm.org/
http://spesm-saudemental.blogspot.com/

Dinamizadores Locais:
Gabriel Rodrigues (CSCP - Madeira)
José Martins (HDESPD - Açores)
Alexandre Costa (CHP - Lisboa)
Luís Matias (CHP - Lisboa)
Raul Cordeiro (ESS - Portalegre)
Amadeu Gonçalves (ESS - Viseu)
Paulo Viegas (CHP - Coimbra)
Paula Palmeira CSBJ - Braga)
Luís Machado (CSSJD - Barcelos


Secretariado
Rita Gonçalves (CSBJ - Braga)
Bruno Santos (CSBJ - Braga)
Graça Farelo (HPH - Matosinhos)
Alice Monteiro (IPO - Porto)
Olinda Carmo (HSJ - Porto


Contactos
Dir.spesm@gmail.com, congresso.spesm@gmail.com,

Apoios
Câmara Municipal de Gondomar
Laboratórios Lilly
Banco Santander